segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O ZOOLOGICO DA ESCOLA ESTADUAL MONSENHOR CELSO CICCO


Este cordel surgiu a partir de uma dinâmica num curso de capacitação de professores da Escola Estadual Monsenhor Celso Cicco em Ceará-mirim/RN, em abril do ano de2009, onde cada participante tinha que se assemelhar a um animal por uma característica. O cordel foi uma brincadeira onde todos os professores ganharam um exemplar como lembrança daquele momento de descontração. Vale lembrar que as comparações não preconceituosas, foram espontâneas e o poeta apenas as descreveu.  Leia e veja como fico engraçado.

No dia vinte de Abril
Teve coisa engraçada
Na Escola Monsenhor
Por Piedade ministrada
Ao fazer uma dinâmica
Soltou-se a bicharada.

Crustáceo, aves, animais.
Com gente foi comparado
Ainda não tinha visto
Serem homenageado
A importância dos bichos
Dada por quem é letrado.

A fauna veio a escola
Em grande exuberância
Os humanos foram bichos
Dizendo sua importância
Os bichos unidos e soltos
Dentro da mesma instância.

De nos comparar a bichos
Tivemos a felicidade
Dito as características
Também especificidade
Alguém quis ser canguru
Bicho de agilidade.

Tem os bichos traiçoeiros
Peçonhentos e ladrão
Outros são bem engraçados
Que chamam nossa atenção
Parabéns para quem tem
A fidelidade do cão.

Tem os bichos das montanhas
E outros da capoeira
Tem os que moram com gente
E faz muita brincadeira
Gosto muito de uma gata
Basta ela ser caseira.

O leão bicho do mato
Dizem que é perigoso
É também rei da floresta
E muito malicioso
O leão aqui da sala
O danado é corajoso.

Quando escrevo cordel
Não gosto de falar trote
Sei da minha pequenez
Mas um dia serei forte
Porém admiro a quem
Assemelha-se ao coiote.

Coruja bicho esperto
Enxerga até no escuro
Ligeira pega a presa
Sem se chocar com o muro
Agora invejo o bicho
Enxerga até o futuro.

Das savanas e floresta
A tigresa é belíssima
Ter tigresa numa jaula
É raro, coisa pouquíssima.
De modo especial
Uma tigresa fofíssima.

Delicadeza quem tem
É o bicho beija-flor
Antigamente ele era
Também polinizador
Devido à poluição
O bicho hoje sente dor

Dodora igual à galinha
Gosta muito de ciscar
Só não gosta da danada
No jeito de procriar
Sem asas e sem gordura
Como podes amparar.

Arara bicho alegre
Tem penugem enfeitada
Encanta pela beleza
Verde, vermelha, azulada.
Lucineide então tem
Auto-estima elevada.

As aves, feras, insetos.
Tem a qualidade boa
Falo bem dos seres vivos
Sem cometer uma loa.
Mas não sei proteger
Igual a mulher leoa.

Para servir ao homem
Dá até uma carreira
Muitas vezes é jogado
No curral ou capoeira
Quem quer saber de cavalo
Vá a Fernando Siqueira

Diferente dos políticos
Que só falam heresia
São eleitos pelo povo
E vivem só na orgia
Bom mesmo é caranguejo
Olha pra periferia.

Para descrever os bichos
Afirmo, ainda sou leigo.
Sou cheio de metanóia
Vou, venho, trago e treigo
Feliz do homem que for
Igual a cachorro meigo.

Por amor a todos nós
Trouxeram aqui Piedade
Veio com a metanóia
Pra nossa felicidade
Encontrou-se uma unha
Desculpe, na foi maldade.

Carregou até Jesus
Fala assim a tradição
Aves, insetos, animais.
Merecem nossa atenção
Mas nenhum é tão formoso
Ao jumento nosso irmão.

Só não foi bicho na escola
Os que chegaram atrasados
Não por que muitos deles
Por nós não foram lembrados
Digo agora os nomes
Dos que não foram citados.

Ninguém quis ser pica-pau
Chamado de carpinteiro
Muito menos joão-de-barro
Considerado pedreiro
A galinha apareceu
Faltou o seu companheiro.

Ninguém quis ser jacutinga
Por estar em extinção
Não quiseram se parecer
Com o verde camaleão
Sapo, tatu ou cutia
Ou mesmo a ave cancão.

Não lembraram do urubu
A ave que faz limpeza
Nos sítios e na cidade
E em toda natureza
Faltou alguém ser águia
Esperta e com destreza.

Ninguém quis ser detetive
Igual ao nosso bem-te-vi
Nem ser lá da capoeira
Igualmente a juriti
Ninguém quis ter carapaça
Como tem o jabuti.

Ninguém se assemelhou
Ao cantor uirapuru
Seria bom que alguém fosse
Como o bicho jaburu
E esqueceram de ser
Cotovia e cururu.

Foram preconceituosos
Com a vaca e o veado
A vaca porque dá leite
O outro é do cerrado
Cadê o bicho macaco
Esperto e engraçado.

Vieram só os domésticos
Faltou lobo e cordeiro
Rejeitaram papagaio
Porque vive no poleiro
Pombo simboliza a paz
Pantera, belo o ligeiro.

Bonito quem se compara
Ao bicho tamanduá
Quem quiser se assemelhe
Como peixe jacundá
Bom mesmo é ser feliz
Igualzinho ao sabiá.

Não quiseram ser famosa
E gigante como baleia
Ninguém quis ter o mistério
E encantar como sereia
Nem o avestruz que enfia
A cabeça na areia.

Carcará ave esperta
Que vive pelo sertão
Os amigos professores
Não fizeram comparação
Não quiseram periquito
Rolinha nem azulão

Nem o nosso elefante
Tucano nem jacaré
Não quiseram ser gostoso
Igual ao tucunaré
Se falassem em serpente
Era mulher com muita fé.

Todo bicho popular
Devia vir por primeiro
Se esqueceram do ganso
Porco, bode e carneiro
Papa-léguas apareceu
Porque é muito ligeiro.

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