Ô Meu amigo Jesus
Na terra as coisas vão mal
Nas políticas e culturas
E no meio social
Os homens fazem errado
Mas dizem que é legal.
É difícil encontrar
Político com polidez
Existem as incertezas
Falam: quem sabe, talvez!
Muitos enganam o povo
Uma centena de vez.
Tem gente aqui na terra
Que vende a salvação
Mas para isso é preciso
Ter uma religião
Frequentar uma igreja
Conforme congregação.
Muitos pregam em Seu Nome
Mas são grandes ladrões
E dos fiéis eles tiram
Rapidamente milhões
Vão morar em bairros nobres
Em palacetes e mansões.
Pastores têm atitudes
Que me deixa admirado
Pois os adeptos da igreja
Por eles são controlados
A religião não educa
Deixa o povo alienado.
Não existem mais desculpas
Quando se perde perdão
Por coisas fúteis e tolas
Acontece confusão
Todo dia, em todo canto.
Encontramos charlatão.
A Bíblia Santa e Sagrada
Serve pra fazer intriga
Amedrontam os fiéis
Dizem: O Senhor castiga
A disputa por adeptos
Parece até uma briga.
Pelo que Deus pai criou
Pouca gente tem respeito
Animais, aves e plantas
Parece tudo mal feito
E o homem de outra cor
Sofre muito preconceito.
Com a água, ar e terra
É grande a degradação
As florestas que existem
E os madeireiros dizem:
Sofrem com devastação
- Garanto só o meu pão.
Todo dia numa rua
Umas igrejas vão fundando
Eu fico a me perguntar
O que estão ensinando
Pois reina a violência
Com o povo se matando.
Ensinam pra os fiéis
Dízimo é uma vitória
Pague o dízimo aqui
E terás no céu a gloria
Quem não dê os dez por cento
Com Jesus não tem história.
Tem condutor de igreja
Que comete heresia
Tornam-se bem popular
Para toda freguesia
Mas aliciam crianças
E praticam pedofilia.
Nem existe mais respeito
Por boa parte dos irmãos
Por crianças e adultos
Mulheres e anciãos
As coisas de pouca importância
Gera grande confusão.
O século em que vivemos
É o da comunicação
Poucos que estudam querem
Uma boa educação
É grande a repetência
Desistência e evasão.
Escola hoje existe
Quase em todo lugar
Não digo de qualidade
Mas quem quer prosperar
Tem como se desenvolver
Basta querer estudar.
O governo sabe bem
Como ao povo enganar
Dizendo que tem escola
Pra todo mundo estudar
Ainda que a estrutura
Deixe muito a desejar.
O ser humano é tido
Como uma coisa qualquer
Quem não possuir dinheiro
É chamado de raler
E a música popular
Deprecia a mulher.
Crianças sofrem abuso
Em toda instituição
Por aqueles responsáveis
Que era pra dá formação
E o abuso dos adultos
Quase não tem punição.
Muitas crianças em casa
Vive com gente imoral
Dá gritos e espancar
Adulto acha normal
Muitas chegam a sofrer
Exploração sexual.
Atualmente vivemos
Na era da informação
Todo mundo tem acesso
Os meios de comunicação
Porém muitos desses meios
Servem pra alienação.
Temos rádios e internet
Livros, revista, jornais
Televisão telefones
Com variados canais
Exibindo coisas boas
E também cenas imorais.
Famílias em todo o mundo
Passam por degradação
Inexiste entre membros
Respeito e consideração:
Cito esposo e mulher
Os pais, filhos e irmãos.
Começa dentro de casa
As maiores desavenças
Reina a intolerância
Nem mais favor ou licença
Os bons valores se foram
Deturpou-se a boa crença.
A mídia ajuda demais
A fazer deturpação
Violência e obsceno
Passa na televisão
E o povo dá mais valor
Do que a religião.
A música não fala mais
Da natureza e sertão
Não tem mais filosofia
Não leva a reflexão
Mas induze a bebedeira
Como a prostituição.
A vida espiritual
Pouca gente dá valor
Pelo nosso pai eterno
Nem respeito, nem temor
Na relação familiar
Não existe mais amor.
Muitos se viciam em drogas
Perde da vida o amor
Para sustentar o vício
Matam, roubam, causam dor
O semelhante pra esses
Não tem mais nenhum valor.
Exploração de trabalho
Acontece com frequência
Patrões e empresas sabem
Mas cometem negligência
Principalmente com quem
Tem pouca experiência.
Quem tem ética e valores
Chega a ficar ilegal
Os corruptos não são presos
Nem julgados em tribunal
Isso tudo acontece
No país do carnaval.
Poeta Cosme Lopes